A obra reúne poemas, prosas e citações poéticas baseadas em feridas que em nela se abriram e graças a ela cicatrizaram.
Organizado em cinco capítulos que tratam dos temas saúde mental, amor, desilusão, recuperação e liberdade, é um relato íntimo porque pela primeira vez expõe ao mundo batalhas que travou sem que ninguém soubesse. A escrita foi o seu oxigênio antes mesmo de perceber que sufocava.
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Desde a adolescência, Joana vê sua irmã mais velha saindo para curtir o Baile Charme em Madureira, zona norte do Rio de Janeiro, e sonha em alcançar a maior idade para fazer o mesmo.
Quando faz 18 anos, acaba mudando de cidade para estudar, e com isso sua visita é adiada. Mas agora, recém-formada, ela está de volta e irá finalmente visitar o reduto de música black.
Ao longo da noite, Joana conhecerá pessoas que a farão entender porque o Charme faz parte da identidade negra carioca, e quem sabe até encontrará um novo amor.
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Na infância, Marta começou a viajar de carona nas estrelas.
Assim, enxergava o mundo sob uma perspectiva única e sentia que dentro de si as possibilidades eram infinitas. Com o tempo, a finitude da realidade se esgueirou por entre as frestas de seus aniversários e ela se esqueceu como sonhar alto.
Mas nunca é tarde demais para redescobrir a poeira estelar.
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Glória nunca recebeu nenhuma visita na casa em que mora há um ano.
Certo dia, uma senhora toca a campainha. Diz que é sua nova vizinha, traz um sorriso no rosto e um bolo de milho nas mãos.
Ela pede que a chame de Anastácia.
Ao longo de uma conversa que dura uma tarde, a senhora faz Glória revisitar lugares dentro de si que a mulher luta diariamente para não ver.
Em meio a um turbilhão de sentimentos que não quer sentir, pensamentos que não quer pensar e palavras que não quer dizer, existe uma pergunta martelando incessantemente na mente de Glória: quem é Anastácia?
Mas Glória ainda precisa se fazer a pergunta mais importante de todas: por que, afinal, Anastácia foi visitá-la?